quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Comunicação com surdos.

Olá, mesmo atrasada vou registrar minhas aprendizagens referente à Unidade 1 da interdisciplina de LIBRAS.
No ano de 1996, quando realizei o estágio do curso Magistério, com uma turma de quarta série, tive meu primeiro e único contato direto com uma criança surda, pois entre meus alunos, estava R, uma menina com deficiência auditiva. Minha comunicação com ela era por meio de bilhetes ou por intermédio de outra aluna com a qual R tinha mais afinidade, isso porque não conhecia outra maneira de estabelecer comunicação com ela.
Hoje, caso tivesse um aluno surdo em minha classe, ou se precisasse me comunicar com algum sujeito surdo, já sei que a primeira coisa que devo entender é que uma pessoa surda não parece deficiente, como nas demais deficiências. Somente falando com esta pessoa é que notarei sua surdez. Mesmo assim, alguns cuidados são necessários para que a comunicação seja possível, tais como:
* Não é preciso falar gritando com um surdo. Isto poderá, até, dificultar bastante, principalmente para os que tem surdez leve ou média. O som muito alto às vezes prejudica a dicção e dificulta o entendimento por parte do surdo.
* Devo falar sempre falar de maneira clara, distintamente, mas sem exageros, também usar a minha própria velocidade, a não ser que me peçam para falar mais devagar. Assim como, falar diretamente com a pessoa, não de lado ou atrás dela. Grande parte dos surdos pode “ler” o que estou dizendo com seus lábios e se não falar diretamente poderei impedir esta leitura.
*Aprendi que não devo falar ou chamar um surdo pelas costas, já que assim será impossível para ele perceber que esta sendo chamado. Aplicar a linguagem corporal, quando for necessário. Fazer com que o surdo vire de frente para mim e explicar o que desejo ajuda bastante.
*Aplicar as minhas apropriações sobre linguagem de sinais, se a pessoa surda não entender certamente me avisará, mas minha tentativa será muito bem recebida.
* Ter sensibilidade de considerar que o silêncio não atrapalha a competência e os surdos podem ser excelentes profissionais e ótimos alunos.
* Incentivar os deficientes auditivos a usarem aparelhos que possam melhorar sua audição. Alguns não são bonitos, mas podem trazer grandes benefícios mesmo com um pequeno prejuízo da estética.
* Falar com expressão. Como as pessoas surdas não podem ouvir mudanças de tom que indicam sarcasmo ou seriedade muitos delas vão depender das minhas expressões faciais, dos meus gestos e movimentos do corpo para entender o que estou dizendo.
*Se estiver tendo dificuldade em entender a fala de uma pessoa surda, não devo me acanhar em pedir que ela que ela repita o que disse. Se ainda assim não conseguir, os meus “antigos” bilhetes ainda são válidos, pois meu objetivo é a comunicação: o método não importa, pode ser qualquer um.
*Por fim, quando duas pessoas estão conversando em linguagem de sinais, é muito grosseiro andar entre elas, deste modo estarei atrapalhando e impedindo completamente a conversa.

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