sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Fala-se, escreve-se, lê-se sempre do mesmo jeito?

Através do trabalho proposto pela interdisciplina Linguagem e Educação, sobre as diferentes formas de linguagem, escrita e fala, percebi que minhas ações pedagógicas não estavam tão distantes da teoria, a qual me apropriei na integra, com a realização deste trabalho.
Sempre oportunizo aos meus alunos, em todas as áreas do conhecimento o acesso as diversas formas de escrita: imagens, internet, jornais, revistas, textos literários, com posterior leitura e a reflexão. Isso tudo concretiza-se por meio de atividades que implicam em: produção textual, elaboração de cartazes e painéis, debates, entrevistas, leitura de livros, comentários sobre as leituras, jogos e dramatização, pois acredito que a utilização de tais recursos auxiliam o desenvolvimento da aprendizagem esperada.
Por fim, com o suporte teórico que obtive vou poder organizar melhor o trabalho que já desenvolvo com meus alunos.

Texto de Marta Kohl

Ao ler o texto ”Jovens e adultos como sujeitos de conhecimento e aprendizagem” de Marta Kohl, concluí que a Educação de Jovens e Adultos configura-se como uma modalidade diferenciada do ensino regular no tocante a estrutura, metodologia e duração. Valoriza e considera as diferenças individuais, conhecimentos e vivências diárias e no mundo do trabalho.
O professor deve estar preparado para trabalhar com cada tipo de vida inserida na sala de aula, ou seja, deve basear suas práticas na ciência da composição da clientela que vai atender e que essa clientela já traz a sua experiência de vida, por isso as suas ações devem estar voltadas para o que cada ensinamento seja atrativo e significativo para ela, agindo de outra forma certamente ocorrerá a evasão.
Nunca trabalhei com Eja, mas percebi através desta intersciplina e da saída de campo realizada, que desempenhar tal função é um grande desafio, os alunos desta modalidade são pessoas que tem muito a aprender, mas também muito a ensinar aos professores. Por isso, é importante que o professor valorize os conhecimentos de seus alunos e ajude-os a descobrir tantos outros, respeitando e valorizando suas especificidades.

Conclusão

A interdisciplina Libras, na maioria de suas atividades propostas me desafiou a interpretar diversos diálogos realizados entre sujeitos surdos. Não foram tarefas fácies, pois foi preciso dispensar muita atenção para traduzir cada sinal, às vezes o que parece ser não é, se interpretasse de modo errado a “prosa” teria outro significado. Conhecer pelo menos alguns sinas básicos, dessa linguagem como as saudações: bom dia, boa noite, oi, as expressões de cortesia: por favor, com licença, obrigada, desculpa são formas de manifestar cidadania e respeito pela cultura surda.

O menino selvagem

Considerei a história do menino selvagem, como uma lição de vida para qualquer pessoa que a assista, principalmente para os professores numa época em que se fala tanto inclusão na educação.
É um filme que despertou a minha sensibilidade em relação ao diferente, e consolidou ainda mais a minha certeza de que o convívio humano entre pares distintos contribui para o conhecimento e desenvolvimento de todas as partes, já que através da observação e repetição é possível acontecer a evolução.
Como mencionei no primeiro parágrafo, é um filme que sugere reflexão ao professor e ao sistema educacional que ainda não estão devidamente estruturados para abraçar a inclusão, mas estão forçando para que ela ocorra através de métodos falhos que acabam por causar a sensação de incapacidade total nas crianças portadoras de necessidades educacionais especiais.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Comunicação com surdos.

Olá, mesmo atrasada vou registrar minhas aprendizagens referente à Unidade 1 da interdisciplina de LIBRAS.
No ano de 1996, quando realizei o estágio do curso Magistério, com uma turma de quarta série, tive meu primeiro e único contato direto com uma criança surda, pois entre meus alunos, estava R, uma menina com deficiência auditiva. Minha comunicação com ela era por meio de bilhetes ou por intermédio de outra aluna com a qual R tinha mais afinidade, isso porque não conhecia outra maneira de estabelecer comunicação com ela.
Hoje, caso tivesse um aluno surdo em minha classe, ou se precisasse me comunicar com algum sujeito surdo, já sei que a primeira coisa que devo entender é que uma pessoa surda não parece deficiente, como nas demais deficiências. Somente falando com esta pessoa é que notarei sua surdez. Mesmo assim, alguns cuidados são necessários para que a comunicação seja possível, tais como:
* Não é preciso falar gritando com um surdo. Isto poderá, até, dificultar bastante, principalmente para os que tem surdez leve ou média. O som muito alto às vezes prejudica a dicção e dificulta o entendimento por parte do surdo.
* Devo falar sempre falar de maneira clara, distintamente, mas sem exageros, também usar a minha própria velocidade, a não ser que me peçam para falar mais devagar. Assim como, falar diretamente com a pessoa, não de lado ou atrás dela. Grande parte dos surdos pode “ler” o que estou dizendo com seus lábios e se não falar diretamente poderei impedir esta leitura.
*Aprendi que não devo falar ou chamar um surdo pelas costas, já que assim será impossível para ele perceber que esta sendo chamado. Aplicar a linguagem corporal, quando for necessário. Fazer com que o surdo vire de frente para mim e explicar o que desejo ajuda bastante.
*Aplicar as minhas apropriações sobre linguagem de sinais, se a pessoa surda não entender certamente me avisará, mas minha tentativa será muito bem recebida.
* Ter sensibilidade de considerar que o silêncio não atrapalha a competência e os surdos podem ser excelentes profissionais e ótimos alunos.
* Incentivar os deficientes auditivos a usarem aparelhos que possam melhorar sua audição. Alguns não são bonitos, mas podem trazer grandes benefícios mesmo com um pequeno prejuízo da estética.
* Falar com expressão. Como as pessoas surdas não podem ouvir mudanças de tom que indicam sarcasmo ou seriedade muitos delas vão depender das minhas expressões faciais, dos meus gestos e movimentos do corpo para entender o que estou dizendo.
*Se estiver tendo dificuldade em entender a fala de uma pessoa surda, não devo me acanhar em pedir que ela que ela repita o que disse. Se ainda assim não conseguir, os meus “antigos” bilhetes ainda são válidos, pois meu objetivo é a comunicação: o método não importa, pode ser qualquer um.
*Por fim, quando duas pessoas estão conversando em linguagem de sinais, é muito grosseiro andar entre elas, deste modo estarei atrapalhando e impedindo completamente a conversa.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

“Planejamento: em busca de caminhos”

Planejamento é uma ação muito importante na vida de qualquer pessoa, tanto no âmbito pessoal quanto profissional, na área educacional ele viabilizaria vários processos, até porque esse é o seu principal objetivo.
Contudo, na realidade de muitos docentes, inclusive a minha, o ato de planejar acaba tornando apenas um ato mecânico, repetitivo pois sempre nas primeiras semanas de cada ano letivo os professores de minha escola se reúnem para elaborar os Planos de Estudos, neste documento devem estar contido os objetivos relacionados a cada conteúdo a ser trabalhado, recursos, metodologias e formas de avaliação, é visível a cópia ou a simples troca do verbo do objetivo do ano anterior por um sinônimo. Porém, este ano com foram feitas pequenas alterações de conteúdos em virtude da implantação do Ensino Fundamental de nove anos.
Penso que esse comportamento cômodo de muitos colegas deveria ser mudado, pois com isso teriam ferramentas para conhecer seus alunos e tornar suas aulas mais atrativas e dinâmicas.

Parecer CEB 11/2000

Depois de realizar as primeiras leituras propostas pela interdisciplina Educação de Jovens e Adultos no Brasil, percebo que ainda tenho muito a descobrir entorno dessa modalidade de ensino.
Confesso que meu pouco conhecimento deve-se ao fato de nunca ter trabalhado com jovens e adultos, porém após me apropriar do conteúdo desse primeiro enfoque, descobri que o trajeto da Educação de jovens e adultos é longa, começando com a Educação Jesuítica em 1549, até que em 1988, a Constituição Federal garantiu legalmente essa modalidade de ensino, almejando que sua clientela tenha condições de desenvolver-se intelectualmente e profissionalmente.
Conceito: A EJA é uma categoria organizacional que tem como objetivo prevenir e diminuir os índices de repetência e evasão escolar. A educação de jovens e adultos representa uma promessa de efetivar um caminho de desenvolvimento de todas as pessoas, de todas as idades.Fazer a reparação desta realidade, dívida inscrita em nossa história social e na vida de tantos indivíduos, é um imperativo é um dos fins da EJA.
Funções: Reparadora: devolver o direito que antes fora negado, incluir o jovem, adulto que não pode estudar no tempo que era pra ter sido. A Eja representa também uma divida com aqueles que tenham sido a força de trabalho empregada na constituição de riquezas e na elevação de obras públicas.Equalizadora: igualdade de oportunidades. A eqüidade é a forma pela qual se distribuem os bens sociais de modo a garantir uma redistribuição e alocação em vista de mais igualdade, consideradas as situações específicas.Permanente/qualificadora: é o próprio sentido da EJA, tem o caráter incompleto, tal como é o humano. Ela é um apelo para a educação permanente e criação de uma sociedade educada para o universalismo, a solidariedade, a igualdade e a diversidade.



terça-feira, 15 de setembro de 2009

Comênio, heranças...


Ao realizar essa atividade, pude perceber que não é um dilema atual a preocupação dos educadores em encontrar a melhor forma de viabilizar o conhecimento, ou seja, essa inquietação docente percorre séculos.
Comênio abalou as estruturas educacionais da sua época e nos deixou esse legado de vontade e luta constante, percebo que muitas coisas mudaram, contudo, alguns colegas ainda não conseguem abrir mão da metodologia tradicional de ensino, na qual só o professor é o único detentor do saber e os alunos são apenas meros receptores estáticos, sem não ter oportunidade de manifestar e construir suas próprias experiências.
Sempre me defino como uma professora mesclada, não sou tradicional totalmente nem construtivista, pois recebi a educação formal na modalidade tradicional e nem por isso fiquei “deformada” e sei dos benefícios que um ensino construtor, se bem focado, pode trazer às crianças. Enfim, as alterações pedagógicas que Comênio semeou, ainda continuam vingando, em alguns jardins com sucesso, em outros nem tanto, pois nestes é preciso que se mude a cultura enraizada por parte de toda a comunidade escolar(alunos, professores, direção e pais), pois sabemos que hoje em dia o professor não sabe tudo, os alunos também tem sua carga de conhecimento que pode ser socializo e reelaborado com os colegas

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

O Menininho



Ler o texto “ O menininho” instiga o leitor/ professor a refletir sobre o seu papel diante do imaginário do aluno, suas seqüelas na criatividade e na auto-expressão.
O professor que trabalha com as séries iniciais deve ter sensibilidade para não podar e nem limitar a criatividade das crianças, pois nesta fase da vida e através da arte os indivíduos conseguem melhor traduzir seus sentimentos e pensamentos, seja por meios de desenhos, dança, canto, representações, invenções..., ou seja é a sua visão de mundo .
A arte é um caminho que ajuda a criança a reelaborar a realidade e a enfrentar seus próprios conflitos, por isso penso que deve ser estimulada e não sempre condicionada a um determinado modelo, porque se sempre tiver modelos a seguir não terá confiança para ser independente e ousar da sua imaginação.
Eis então que transparece um dos principais papéis do professor: proporcionar situações onde seus alunos possam desenvolver sua criatividade e autonomia, nas quais estimulem sua linguagem, seu pensamento criador e também sua auto-expressão.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Sejam bem vindos ao meu Dossiê de Inclusão. Clique na imagem abaixo:

terça-feira, 16 de junho de 2009

Limites

Somos as primeiras gerações de pais decididos a não repetir com osfilhos os erros de nossos progenitores.E com o esforço de abolir os abusos do passado, somos os pais maisdedicados e compreensivos mas, por outro lado, os mais bobos einseguros que já houve na história.O grave é que estamos lidando com crianças mais “espertas”, ousadas,agressivas e poderosas do que nunca.Parece que, em nossa tentativa de sermos os pais que queríamos ser,passamos de um extremo ao outro.Assim, somos a última geração de filhos que obedeceram a seus pais ea primeira geração de pais que obedecem a seus filhos…Os últimos que tivemos medo dos pais e os primeiros que tememos os filhos.Os últimos que cresceram sob o mando dos pais e os primeiros quevivem sob o jugo dos filhos.E, o que é pior, os últimos que respeitamos nossos pais e os primeirosque aceitamos (às vezes sem escolha…) que nossos filhos nos faltemcom o respeito.À medida em que o permissível substituiu o autoritarismo, os termosdas relações familiares mudou de forma radical, para o bem e para omal.Com efeito, antes se consideravam bons pais aqueles cujos filhos secomportavam bem, obedeciam suas ordens e os tratavam com o devidorespeito.E bons filhos, as crianças que eram formais e veneravam seus pais.Mas, à medida em que as fronteiras hierárquicas entre nós e nossosfilhos foram-se desvanecendo, hoje, os bons pais são aqueles queconseguem que seus filhos os amem, ainda que pouco os respeitem.E são os filhos quem, agora, esperam respeito de seus pais,pretendendo de tal maneira que respeitem as suas idéias, seus gostos,suas preferências e sua forma de agir e viver.E, além disso, que os patrocinem no que necessitarem para tal fim.Quer dizer; os papéis se inverteram, e agora são os pais quem têm queagradar a seus filhos para ganhá-los e não o inverso, como no passado.Isto explica o esforço que fazem hoje tantos pais e mães para ser osmelhores amigos e “dar tudo” a seus filhos.Dizem que os extremos se atraem.Se o autoritarismo do passado encheu os filhos de medo de seus pais, adebilidade do presente os preenche de medo e menosprezo ao nos ver tãodébeis e perdidos como eles.Os filhos precisam perceber que, durante a infância, estamos à frentede suas vidas, como líderes capazes de sujeitá-los quando não ospodemos conter, e de guiá-los enquanto não sabem para onde vão.Se o autoritarismo suplanta, o permissível sufoca.Apenas uma atitude firme, respeitosa, lhes permitirá confiar em nossaidoneidade para governar suas vidas enquanto forem menores, porquevamos à frente liderando-os e não atrás, os carregando e rendidos àsua vontade.É assim que evitaremos que as novas gerações se afoguem no descontrole e tédio no qual está afundando uma sociedade que parece ir à deriva,sem parâmetros nem destino.Os limites abrigam o indivíduo.Com amor ilimitado e profundo respeito.
*(Monica Monasterio (Madrid-España)

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Mosaico

Para atingir o objetivo do Enfoque II, que era sensibilizar os alunos acerca das diferenças que compõem os grupos familiares e os grupos de convivência a atividade principal foi a confecção do mosaico étnico- racial.
Felizmente, não foi uma atividade solta, uma vez que consegui encaixar ao conteúdo que estava programado para desenvolver que era “Os primeiros habitantes de Canoas”. Foi uma atividade bem interessante, pois as crianças gostaram e participaram ativamente, fazendo colocações pertinentes e trazendo exemplos importantes sobre as suas ancestralidade.
Percebi no decorrer do trabalho, que os alunos foram aos poucos diferenciando e compreendendo os conceitos de raça e etnia .Etnia está relacionada aos fatores culturais, a nacionalidade, a religião, a língua e as tradições. Já raça, compreende os fatores morfológicos, como a cor da pele, a constituição física, estatura, traço facial. O termo étnico é fundamental para demarcar que o indivíduo pode ter a mesma cor de pele que o outro, o mesmo tipo de cabelo e traços sociais que o diferencia, caracterizando assim etnias diferentes.
Confesso que para mim, também foi um aprendizado, pois sempre associava o conceito de raça ao de etnia, para as crianças além dessas novas descobertas foi uma oportunidade para refletirem e valorizarem as suas ancestralidades.

Eu e o outro, difetrenças e ancestralidade


Muito bem elaborado o início dessa interdisciplina, pois acredito que seria impossível alcançar os objetivos posteriores senão fizéssemos uma “viagem” pelo nossas próprias origens, gostei bastante e também foi uma ótima oportunidade de lembrar de pessoas que passaram por minha vida, deixaram marcas e que ao olhar-me no espelho percebo traços delas em mim, bem como na minha personalidade, crenças,...

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Desabafo




Semestre marcado por exaustão, originados de: problemas familiares,incêndio na minha casa, saúde de minha mãe,responsabilidades e desafios profissionais...Ufa,mas hoje ao ouvir as cobranças do meu filhote, de 8 anos, senti a necessidade de desabafar, ele disse:

- Eu tenho bastante coisa pra te falar e não tenho tempo.Eu falo e tu não me escuta.Quando tu terminar teus trabalhos no computador eu já vou estar dormindo e amanhã quando acordar já vamos estar atrasados e eu não vou ter tempo pra te falar.

Tento, mas é dificil fazer que ele entenda que tudo isso,inclusive a ausência, também é por ele.

domingo, 26 de abril de 2009

O clube do imperador.



Ao assistir esse filme, foi possível visualizar a realidade que muitas vezes já encontrei em sala de aula, muitos “Sedgewiki”, já passaram por mim, chamando atenção, agredindo colegas, descumprindo as regras estabelecidas...enfim, achando um jeito de refletir o que vivenciam em casa.
Muitas vezes, fui criticada por oportunizar situações e confiar nesses tipos de alunos, mas penso que esse é o meu papel, usufruir das minhas habilidades e competências para pelo menos mostrar a eles que existem outros caminhos, os quais podem seguir também. Continuar na tentativa de transformar minhas crianças em pessoas que saibam o quanto é importante valorizar a vida, estimular o progresso, perceber o mundo em que vivem, amar o conhecimento, gostar de conviver com outras pessoas ( e com as diferenças), também é função de um educador, ou seja, extrapolar os conceitos e teorias.

sábado, 18 de abril de 2009

Estrutura do argumento

Realizar essa atividade foi fácil, pois ela estava bem clara e tinha exemplo a seguir, mesmo sabendo que argumento e uso premissas para ancorar minhas conclusões no meu cotidiano, encontrei muitas dificuldades em utilizá-las no fórum da atividade que sucedeu esta, talvez por isso tenha acontecido por estar defendendo uma posição que para mim causou algumas dúvidas e incertezas.

domingo, 5 de abril de 2009

Leituras


Trecho do texto “O que é construtivismo?” de autoria de Fernando Becker:
“O conhecimento não nasce com o indivíduo, nem é dado pelo meio social. O sujeito constrói seu conhecimento na interação com o meio tanto físico como social”.
Minha compreensão: o construtivismo é ter a consciência do inacabado, ou seja, ninguém detém o conhecimento absoluto a ponto de poder transmitir a outros como única verdade,o conhecimento depende de interações.
Trecho do texto “Epistemologia Genética” de autoria de Tânia Marques:
“Inúmeras teorias tentam explicar o processo de aprendizagem. De acordo com o critério epistemológico de origem do conhecimento, elas podem ser classificadas em três grupos:
- Empirismo
Crença segundo a qual as estruturas de conhecimento são impostas pelo objeto (meio físico e social). Há a valorização do meio em detrimento do indivíduo. O sujeito é entendido como um recipiente vazio a ser preenchido pelo objeto. A teoria behaviorista representa, na psicologia, o empirismo.
+ Apriorismo
Crença segundo a qual as estruturas de conhecimento são dadas a priori, ou seja, são inerentes ao sujeito. O apriorismo desvaloriza as contribuições do objeto (meio físico e social), supervalorizando as condições internas do sujeito. “Esta epistemologia acredita que o ser humano nasce com o conhecimento já programado na sua herança genética. [...] Tudo está previsto. É suficiente proceder a ações quaisquer para que tudo aconteça em termos de conhecimento” (Becker, 2001b, p. 20). Dentre as teorias de aprendizagem que apresentam uma sustentação epistemológica apriorista, pode-se destacar a teoria da Gestalt.
+ Interacionismo
Crença segundo a qual a explicação da origem do conhecimento está na síntese permanente entre as condições internas do sujeito e do meio, entre a maturação e a experiência adquirida. “Não é possível buscar a causa do comportamento humano num dos pólos da interação, pois a causa não está nem no indivíduo, nem no meio, mas nas ações do sujeito que responde às resistências do meio, modificando ativamente suas estruturas” (CUNHA, 1999, p.59). Destaca-se, neste modelo, a Epistemologia Genética de Jean Piaget."

Modelos Pedagógicos


PEDAGOGIA DIRETIVA
O professor ensina, e o aluno aprende.
O professor age assim porque acredita que o conhecimento pode ser transmitido para o aluno. Ele acredita no mito da transmissão do conhecimento - do conhecimento como forma ou estrutura; não só como conteúdo.
Esta ação do professor é legitimada por uma epistemologia, segundo a qual o sujeito é totalmente determinado pelo mundo, pelo objeto ou pelos meios físico e social.
Para o professor, somente ele pode produzir algum novo conhecimento no aluno, ou seja, o aluno aprende se, e somente se, o professor ensina.
PEDAGOGIA NÃO-DIRETIVA
O professor é um auxiliar do aluno, um facilitador, como diz Carl Rogers. O aluno já traz um saber que ele precisa, apenas, trazer à consciência, organizar, ou, ainda, rechear de conteúdo.
O professor deve interferir o mínimo possível. Trata-se de um professor não-diretivo, que acredita que o aluno aprende por si mesmo, podendo ele, no máximo, auxiliar a aprendizagem do aluno. A epistemologia que fundamenta essa postura pedagógica é a apriorista.
"Apriorismo" vem de a priori, isto é, aquilo que é posto antes (a bagagem hereditária), como condição do que vem depois.
PEDAGOGIA RELACIONAL
O professor acredita que o aluno só aprenderá alguma coisa, isto é, construirá algum conhecimento novo, se ele agir e problematizar a sua ação.
Para tanto, é preciso:
a) que o aluno aja (assimilação) sobre o material que o professor presume que tenha algo de cognitivamente interessante, ou melhor, significativo para o aluno;
b) que o aluno responda para si mesmo as perturbações (acomodação) provocadas pela assimilação do material, ou, que o aluno se aproprie, em um segundo momento não mais do material, mas dos mecanismos íntimos de suas ações sobre esse material; tal processo far-se-á por reflexionamento e reflexão (Piaget), a partir das questões levantadas pelos próprios alunos e das perguntas levantadas pelo professor, e de todos os desdobramentos que daí ocorrerem.
O professor construtivista não acredita no ensino, em seu sentido convencional ou tradicional, pois não acredita que um conhecimento (conteúdo) e uma condição prévia de conhecimento estrutura possam transitar, por força do ensino, da cabeça do professor para a cabeça do aluno.
Mais uma reflexão
Após a leitura do texto proposto, pude rever minhas ações docentes e avaliá-las.A leitura feita revela que a aprendizagem pode acontecer de modo dinâmico ou medíocre/ comodista.Na atividade postada no rooda coloquei os motivos que dificultam abordagem das pedagogias não-diretiva e relacional no meu papel de professora, aqui penso no papel do aluno, uma vez que já não chega na escola somente em busca do conhecimento, ele quer atenção, disputa força, quer limites, ou seja, desconhece o valor do conhecimento e aprendizagem.
Por isso, penso que para o aluno será uma mudança brusca de ação, pois também terá que se desacomodar para efetuar trocas como outro, mas é uma tentativa boa e válida em função do sujeito crítico, pensante, questionador e criador que quero ajudar a formar.