quinta-feira, 18 de novembro de 2010

7º SEMESTRE

Sem dúvidas, o destaque para o sétimo semestre foram as interdisciplimas de LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) e EJA (Educação de Jovens e Adultos), não que as outras não tenham sido importantes, mas enfocarei aqui essas duas por terem me proporcionado aprendizagens e reflexões além da minha realidade profissional.
Em LIBRAS, foi reforcei minha convicção de que enquanto educadora preciso constantemente buscar capacitações que me permitam atender de modo qualitativo todos os alunos que frenquentarem minha sala de aula. Lembro que durante meu estágio de magistério tive uma aluna que não falava, em nenhum momento recebi orientação de como deveria proceder com ela. Depois disso nunca mais tive nenhum aluno de inclusão, mas quando tiver, já vou estar preparada e com grandes conhecimentos para trabalhar com esse público de alunos. Exemplo: os surdos possuem sua própria gramática de comunicação, a linguagem de sinais não é padrão e difere de mímicas e gestos, ...entre outros.
Na interdisciplina de EJA, com as leituras de Marlene Kohl, conheci um perfil de aluno, com os quais nunca trabalhei, mas que igualmente merece respeito e dedicação, e que demanda um planejamento bem distinto do aplicado nas séries inicias. Planejamento esse que foi o tema principal na interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação, aprendizagem dessa interdisciplina? Jamais pensar adentrar em sala de aula sem um bom planejamento, isso não quer dizer que ele deva ser inflexível.

sábado, 23 de outubro de 2010

6º Semestre

Foi o semestre onde trabalhamos a diversidade, com o “diferente”.
Em Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais, marcou-me muito a falta de coerência que existe entre legislação, que ampara esses sujeitos e a realidade, para que este público estudantil seja realmente contemplado ainda é preciso muita luta por parte de pais e professores e extrema vontade política para fazer valer a lei.
Partindo da interdisciplina Questões Étnico-Raciais na Educação: Sociologia e História, fui motivada a desenvolver meu TCC, pois considerei muito importante proporcionar no espaço escolar o conhecimento de nossas origens e das origens dos outros. Acredito que tais abordagens estimulam a elevação da autoestima dos alunos e diminuem o preconceito e a discriminação.
As duas interdisciplinas mencionadas acima, favoreceram a minha capacidade de argumentação, quando essa foi solicitada em Filosofia da Educação, através dos seguintes temas: moralidade, saber comum e concepções de ser humano.
Por fim em Desenvolvimento e Aprendizagem sob o enfoque da Psicologia II, o reforço da seguinte certeza: a aprendizagem acontece a partir do que os alunos sabem e trocam (ou é acrescentado) com os colegas e a professora.

5º SEMESTRE

Foram interessantes as interdisciplnas do quinto semestre, pois me levaram a produções e reflexões importantes.
Em Psicologia da Vida Adulta consegui compreender como acontece o desenvolvimento das fases da vida adulta, a partir daí comecei a observar e analisar os comportamentos dos familiares, pessoas do meu ambiente de trabalho e o meu também, no sentido de verificar se eles eram coerentes com a conduta esperada na vida adulta.
Foi um momento importante em meu trajeto no PEAD, pois despertou a minha sensibilidade para outros sujeitos que estavam no meu entorno que não os alunos, assim houve um fortalecimento na minha relação com os mesmos. E em sala de aula passei a ser mais cuidadosa com as fases de desenvolvimento que meus alunos se encontravam, pois os cuidados de hoje, serão refletidos nos adultos de amanhã.
Com a interdisciplina Projeto Pedagógico em Ação, foi possível adquirir seguinte certeza: não existe apenas uma forma de se chegar ao conhecimento, isto é, podemos propiciar esse conhecimento ao aluno partindo do seu interesse, fazendo com que ele busque e construa-o. Além de tornar esse momento mais significativo ao aluno, propicia a sua autonomia e socialização, pois vai ter que colaborar para que as regras elaboradas em grupo sejam cumpridas, bem como ser responsável pela tarefa que lhe for atribuída.
A pertinência da participação, colaboração e fiscalização de todos os segmentos da comunidade escolar, foi enfocada nas interdisciplinas Organização do Ensino Fundamental e Organização e Gestão da Educação.
O bom funcionamento e gestão da escola depende de todos nós, caso algo não esteja acontecendo conforme gostaríamos, ou julgamos ser o certo, podemos SIM reclamar, mas ANTES disso tentar ajudar, envolvendo-nos, pois sejamos alunos, pais, professores, funcionários... na escola sempre há uma incumbência que é destinada a nós.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

4º SEMESTRE

Semestre de refletir e analisar os conceitos de tempo e espaço através da representação do mundo por meio da Matemática, Ciências e Estudos Sociais.
Na interdisciplina de Representação do Mundo pela Matemática, foi possível montar, através de trocas e produções com as colegas, um acervo de atividades para desenvolver com nossos alunos, e assim inovar nossas práticas contribuindo para a melhoria do processo ensino-aprendizagem.
Nas interdisciplinas de Representação do Mundo pelos Estudos Sociais e Representação do Mundo pelas Ciências, tivemos a oportunidade de mesclar teoria e prática através de situações bem concretas, propiciando aos alunos uma intereção e compreensão significativa com o meio e o espaço onde habita.
Foi um semestre onde eu como aluna construí, e estendi essa construção para sala de aula, onde as crianças puderam também construir seus conhecimentos.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

3º Semestre

Os estudos do 3º semestre foram os que tiveram reflexo mais rápido na minha prática.
Fiquei interada do histórico das artes, com isso me apropriei de uma nova visão de como trabalhar esse conteúdo em sala de aula, saindo do desenho e da pintura, e ingressando em um universo no qual poderia explorar os artistas e fazer releituras de suas obras.
Amei aprender como se faz uma boa “hora do conto”, pois isso incentiva o gosto pela leitura nos alunos.
O aprender brincando, é indispensável e funciona como um forte aliado na aprendizagem dos menores, já que eles assim como todo o sujeito de qualquer idade, precisam sentir prazer em realizar tarefas e estar em determinados ambientes, no caso aqui, a sala de aula.
A música pode marcar muito a vida de uma pessoa, inclusive a vida de uma criança, já ela também tem o poder lhe transmitir conhecimentos, por isso, o professor deve explorá-la bastante em suas aulas.
Por fim, em Teatro e Educação pude ver a dimensão do potencial dos meus alunos, pois através das atividades realizadas por sugestão desta interdisciplina, eles demonstraram muita criatividade e desenvolveram a oralidade.

2º Semestre

Já um pouco mais segura em relação aos estudos à distancia, seguiram as aprendizagens que tinham como objetivo a reflexão e entendimento entorno do corpo discente e do meu espaço de trabalho.
Através do Seminário Integrador, foi possível repensar de forma crítica minha própria postura na escola onde trabalho, bem como os subsídios que ela oferecia a mim e aos alunos para que ambos pudessem construir uma caminhada onde houvesse realmente ensino e aprendizagem.
Fundamentos da Alfabetização, posso elencar como uma das interdisciplina que mais marcou minha passagem pelo PEAD, pois apesar de nunca ter alfabetizado, tudo o que abstraia tinha a oportunidade de ver confirmado através do meu filho, que estava em processo de alfabetização neste período, também realizava trocas com as alfabetizadoras da minha escola, principalmente em relação aos métodos de alfabetização e hipóteses da escrita.
Em Escolarização, Espaço e Tempo na Perspectiva Histórica, foi onde houve a compreensão das infâncias, de hoje e ontem. Um professor que possui tal compreensão, consegue entender melhor a clientela que atende, assim como conhecer a história da educação no nosso país, proporciona reflexões pertinentes acerca do cenário educacional da atualidade.
Freud também contribuiu muito com suas percepções entorno da relação professor-aluno, na qual sempre reforçou a importância da mudança, uma vez sendo flexível será viável o encontro de caminhos que nos levam a encontrar coerência no que estamos fazendo.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

EVOLUÇÃO- 1º Trimestre

Não poderia escolher outro título para começar a descrever o início da minha caminhada no PEAD, foi o começo de uma evolução diferenciada em minha vida pessoal e profissional.
O primeiro semestre, foi marcado por uma explosão de alegria, euforia e angústia, pois ali começava uma vida acadêmica à distancia, na qual a internet e computador seriam meus principais e essenciais materiais escolares. Pensava: “Será que eu vou dar conta das interdisciplinas mais os estudos via web?” Antes disso, não tinha tempo nem interesse em interagir com os mesmos, afinal nesta época na escola onde trabalho tinha apenas um computador conectado à internet, e era de uso exclusivo da direção, foi um sufoco mas valeu a pena, pois aprendi muito e hoje uso seus recursos para dinamizar minhas aulas, já que atualmente lá, encontram-se computadores espalhados por alguns setores e conta também com um LABIN. SALVE a apavorante TIC, colegas, tutora Rose e também meu filho com 6 anos na época, mas me auxiliou muito.
As leituras da interdisciplina Escola, Cultura e Sociedade- Abordagem Sociocultural e Antropologia me fizeram refletir o meu fazer docente, e o observar fazer dos demais colegas, ou seja, se eram coerentes com o que pensávamos, falávamos ou fazíamos. Resultado: descobri que muitas vezes é difícil para um educador ser autêntico, mas o importante é estar sempre aberto para reflexão, acreditar e tentar sempre.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Temas atuais


Semana em que foram abordados os seguintes temas: preconceito, discriminação e a Lei 10.639.
A história em quadrinhos acima foi usada para instigar as crianças a refletirem sobre as causas da discriminação e preconceito. Depois, a finalidade da implantação da lei 10.639 foi discutida.
As aprendizagens significativas da semana, foram a satisfação e a certeza de que em um futuro imediato meus alunos e sociedade colherão resultados positivos ao terem tratado hoje de temas e situações que permeiam as relações, pois de pouco adianta eu esmerar-me em formar sujeitos que dominam a gramática e fórmulas matemáticas, se estes forem desprovidos de valores, respeito e ética.

Hora do Conto


Na semana 9, os alunos tiveram contato mais direito com a cultura quilombola na atualidade, com isso reviveram o tema descendência tratado nas primeiras semanas da minha proposta de estágio, até chegarem nas comunidades remanescentes de quilombos.
Conheceram por meio por meio de texto o principal e mais numeroso quilombo já formado no Brasil, através do vídeo “O coroinha (Zumbi dos Palmares), que pode ver visto no seguinte endereço: http://www.youtube.com/watch?v=4Rqo4UeRxbM, a saga do líder Zumbi.
Identificaram as regiões brasileiras nas quais estão localizados os quilombos do século XXI, bem como o modo de vida de seus habitantes.
Surpreenderam-se as saber que em nosso município também existe um quilombo.
Na Hora do Conto vi seus olhinhos brilharem enquanto ouviam a história “A princesa Violeta”, e neste momento foi a minha reaprendizagem mais significativa da semana, pois apesar de serem crianças,não gostam de serem tratados como tal, isto é, não apreciam músicas, exemplos e situações infantilizadas. Mas no decorrer deste momento via que iam tentando, imaginando ou até mesmo manifestando os possíveis acontecimentos da história.
Então, mesmo que adaptado, o hábito de contar histórias vai permanecer na minha prática de forma mais constante, pois isso estimula a imaginação e criatividade, proporciona aos alunos a possibilidade de ter uma nova visão do mundo real ou imaginário, de ampliar seu vocabulário,...,enfim, é uma gama imensa de ferramentas promotoras do processo ensino/aprendizagem.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Negros brasileiros de destaque



Com o intuito de valorizar algumas personalidades brasileira que obtiveram sucesso e venceram preconceitos, e também edificar de maneira positiva a autoestima dos meus alunos, trouxe como tema na oitava semana de meu estágio os ”negros brasileiros de destaque”.
Confesso que estava meio receosa em abordar essa temática, mas para minha surpresa as crianças envolveram-se de maneira satisfatória nas atividades propostas. Aprendizagem dos meus alunos: aprenderam que podem almejar um futuro promissor para si mesmo independentemente de sua cor, mas os próximos passos será fazer com que eles percebam que podem.

Minha aprendizagem: para que meus alunos percebam que podem, é necessário haver uma transformação nas metodologias da escola, ou seja, um trabalho em conjunto, tipo uma aventura pedagógica, onde todas as pessoas se percebam como sujeitos de direitos e que tem um potencial a ser cumprido, realizado.

domingo, 30 de maio de 2010

Religiosidade

Na semana 7, a temática foi religiosidade. O trabalho foi embasado nas religiões de matriz africanas, o qual pode qualificar e ilustrar trazendo o
babalorixá Pai Neco de Oxum para uma conversa simples, clara e direta com a turminha.
Abordar essa temática foi muito importante tanto para mim quanto para o relacionamento que vou ter com meus alunos a partir desta semana, pois foi um meio de tornar-me mais próximas da realidade deles fora da escola.
Percebi que uns mesmo sendo pequenos orgulham-se da religião que seus pais estão os orientando a seguir, outros envergonham-se e não gostam de falar, por receio de serem alvo de chacota e discriminação.Esse segundo grupo de alunos me preocupa, porque são esses que hoje causam problema na sala de aula, no recreio,...enfim no ambiente escolar, provavelmente se não forem bem esclarecidos quanto a questão da religiosidade, dentre tantas outras, serão os que causarão problemas também futuramente na sociedade e para si mesmo.
Alunos discriminados e com problemas de auto-aceitação representam problema para escola, por causa de seu comportamento agressivo, isso implica a receptividade da escola, relação professor aluno e da relação na sala de aula.
Nesta semana de trabalho na qual busquei parceria, me aproximei e deleguei responsabilidades específicas, percebi o quanto é importante a escola dar continuidade a trabalhos como esse que desenvolvi envolvendo valores, preconceitos e relações humanas, pois para a maioria das crianças, a escola é o único espaço para a socialização.
"Procura conhecer o estado das tuas ovelhas; põe o teu coração
sobre os teus rebanhos" Provérbios de Salomão, 27.23

terça-feira, 25 de maio de 2010

Trabalho em equipe

Na semana 6,realizei diversos trabalhos em grupos, e uma das orientações que dei para a turminha foi a seguinte: “ Façam com capricho, pois o trabalho será o espelho de vocês, isto é, quem ver ou ler conhecerá cada um de vocês.”
Os alunos estão eufóricos e orgulhosos por fazerem parte da primeira turma da escola a ter um blog, então existe a preocupação com a perfeição e qualidade. Na segunda, que é o dia em que trabalhamos no Labin, um aluno ao ler a postagem de um colega manisfestou-se indignado: “ Olha aqui profe. o que o fulano fez!!! Agora as pessoas vão pensar que todos nós não sabemos escrever!
Fui olhar, era um apenas um erro de ortografia daí disse: “ Ahh, o teu colega se enganou realmente, mas isso acontece com todo mundo. Esse pequeno engano, a gente pode resolver reeditando a postagem.”
O uso de determinadas palavras são fundamentais para a edificação da auto-estima de uma criança, por exemplo, quando substitui a palavra erro pela palavra engano, percebi um certo ar de alívio na face do aluno editor da postagem. Nas próximas para edições ou quaisquer outras tarefas que esse aluno for realizar, acredito que não se sentirá incapaz, ao contrário vai estar mais confiante e principalmente atento.
Também fizemos um painel sobre a Copa do Mundo de 2010, o qual ficou muito lindo e por isso merece destaque neste espaço.
Por fim, outro momento de satisfação e aprendizagem para mim na semana foi o trabalho desenvolvido de forma interdisciplinar, as tarefas buscas do dia 17/05, desencadearam atividades de Artes, Português e Geografia, na sequencia também História e Matemática.
Aposto na interdisciplinaridade, porque acredito que o conhecimento não acontece de modo fragmentado, é um processo amplo e abrangente, ou seja, ele não se concretiza por um único caminho. É preciso ter uma visão do todo para que haja a compreensão de uma parte.
Apostar na interdisciplinaridade, foi um achado na minha prática, já que é um meio também, de manter os alunos motivados em sala de aula.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Meus lindinhos na Web

Na semana 5 duas atividades diferenciadas foram realizadas na turma 42, assistimos o filme Kiriku e a feiticeira que se passa em uma aldeia africana e que envolve no enredo valores como verdade, força, inteligência, dignidade e amizade. Esse filme também retrata a boa relação que o personagem principal tem com a mãe, relação essa que envolve amor, compreensão e confiança. A outra atividade foi a construção de um blog para a turma, no qual eles irão registrar as aprendizagens e produções referentes aos estudos sobre o Continente Africano.
Depois que assistimos o filme, o explorei gramaticamente e refletimos sobre as temáticas apresentadas, essa reflexão me levou a perceber mais um papel que o educador abraça na atualidade “desenvolver valores nos educandos”. Falo na atualidade porque os principais valores que até hoje trago comigo foram construídos em casa com minha família, e hoje, não percebo meus alunos vindo com essa bagagem de casa.
Então, além de letrar, desenvolver habilidades e os capacitar para o exercício da cidadania, devo promover situações nas quais os alunos percebam que é importante crer em algo e cultivar sentimentos no coração.
O blog da turma. Em sala de aula expliquei o que era e como funciona um blog, no Labin o criamos, algumas produções foram digitadas no Word, mas só serão publicadas assim que os autores trouxerem as autorizações para uso de imagem.
O endereço do blog, que ainda está em construção é:
http://meninosdoalvaro.blogspot.com/2010/05/turma-42.html
Nosso Labin está em funcionamento há dois anos, então seu uso ainda é bastante limitado pelos demais professores, mas eu programei usar este espaço pelo menos uma vez por semana, porque acredito que usando as tecnologias como instrumento de aprendizagem e acesso a elas, é uma forma de agilizar e ampliar a troca de informações e entendimentos de idéias propostas. Claro que até preparar os alunos para essa consciência vai demorar alguns dias, nestes primeiros momentos estou deixando eles conhecerem e perderem o medo da máquina, estão na fase da curiosidade. Por fim, proporcionar uma formação aos alunos, na qual eles dominem as tecnologias não significa que estamos formando sujeitos desumanos, e sim preparados para interagir com as modernidades de seu tempo.com chegar a desenvolver.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Valorizando saberes.

Na semana 4 a atividade que posso considerar como símbolo de minha aprendizagem foi uma interpretação, sim uma tão comum e necessária interpretação.
Primeiro os alunos apreciaram uma música, na sequência solicitei que interpretassem alguns versos conforme sua compreensão e os conhecimentos que possuíam, porém esta interpretação não foi corrigida por mim como o de costume, disse a eles que teriam a oportunidade de saberem se o que tinham escrito estava ou não na próxima aula onde entrevistariam o autor da letra.
À medida que o entrevistado ia respondendo, alguns alunos iam falando “Bahh, errei!”, daí eu dizia que nem tudo do que tinham escrito estava de todo errado “Veja essa palavra tem sim haver com o que o entrevistado falou, por tais e tais motivos”. Essa minha intervenção foi uma forma de valorizar a bagagem cultural dos alunos. Valorizar os conhecimentos prévios dos alunos é um suporte com o qual eles irão construir novos saberes ou ampliá-los.
Contudo, na correria do cotidiano em função do cumprimento de minhas atribuições docente, essa importante fase do processo educacional é deixada de lado, ou para um segundo plano.
A partir dessa semana, passarei a contornar minhas ações neste sentido, não somente pensando no valor cognitivo que isso representará, mas na diferença que isso vai fazer na autoestima das crianças.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Rompendo o silêncio


Ao trazer o negro como tema de meu projeto, pensei em como elaborar uma proposta de trabalho diferenciada, que mostrasse a inserção do negro na sociedade de forma envolvente, séria e problematizada.
Achei os caminhos e montei essa proposta de trabalho alicerçada em três principais focos: Continente Africano, escravidão e ações previstas, realizadas por meio de discussão com os alunos.
Esta semana “rompi o silêncio” sobre o Continente Africano com a turminha, primeiro levantei os conhecimentos dos alunos sobre essa região, e para minha surpresa eles sabiam dados referentes à sua fauna e habitantes, mas pensei que iriam relatar as informações que a mídia costuma lançar como miséria e epidemias. Assistiram a um documentário e realizaram pesquisas no Labin, atividades com as quais se apropriaram de diversas informações, tais como: onde fica este continente, quais os povos que o habitam, hábitos, crenças, fauna, flora...
Resultado desse trabalho foi a montagem de um mural denominado “Continente Africano, o que eu sabia. O que eu descobri”.
Em sala de aula ofertei-lhes mapas, textos e imagens para reforçar esse estudo e também para iniciar o estudo sobre a escravidão no Brasil. Os valores das pessoas e das palavras proferidas tiveram espaço nas reflexões da semana através de debate e após a explanação do conto africano “Ynari, a menina das cinco tranças”.
Retornando ao primeiro parágrafo, um dos motivos que me levou a trazer o negro para ser objeto de estudo e reconhecimento, foi o fato dele ser o alvo mais visível de preconceito na atualidade, mas com os movimentos realizados esta semana, olhei em volta e percebi que não são somente os negros que sofrem preconceitos e discriminação, a sociedade que vivemos é preconceituosa, pois pratica a discriminação e atos de racismo com freqüência. Pois sabemos que são corriqueiros os atos que inferiorizam os que são diferentes de nós, seja pela beleza, inteligência, ou capacidade entre outros. Em sala de aula sei que meu papel é tentar resolver essa problemática, que é velada, mas exibe-se por meio de piadas e comentários tipo: “isso é coisa de negão”, com os quais ao alunos convivem diariamente na família e nos outros grupos que fazem parte.
Mas como criança depois que aprende ou constrói sua visão do que é certo e errado, a tendência dela é espalhar e cobrar para que os outros também pensem e ajam como ela, isto é, da maneira certa, ela vai mostrar aos outros que é necessário haver respeito entre as pessoas, pois cada um tem suas diferenças e essas devem ser respeitadas.
Em suma não é necessariamente na escola que vai ser ensinado o que é racismo, preconceito e discriminação, a escola será um braço forte no combate a esse drama, desde que os profissionais estejam devidamente capacitados e conscientizados da sua importância no processo, eu estou conscientizada e em busca de mais capacitação.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Semana de comemorações cívicas e feriado.



Apesar de minha proposta ter como tema central o negro, em hipótese alguma o índio que também é sujeito de contribuição cultural, de preconceito e discriminação poderia ter ficado de fora de nossas reflexões nessa semana.
Os alunos refizeram suas árvores genealógicas e descobriram sua descendência, onde a maioria concluiu que são frutos de miscigenação. Um dado novo que surpreendeu meus “pequenos”, foi a percentagem de indígenas que habitam o Brasil atualmente, apenas 1% da população, foi então que fizeram um mural denominado “a cara do Brasil”, onde representaram as três etnias e o resultado da união delas.
Gostei da fala do Luquinhas após o trabalho concluído “O Brasil é moreno né sora?”
Com essa aula percebi que meu maior desafio será sem dúvidas trabalhar com o máximo empenho, seriedade e profissionalismo a causa da questão da inserção do negro na sociedade brasileira, isto é, mostrar que há caminhos para a transposição da discriminação para a verdadeira cidadania, envolver e valorizar meus alunos negros e mestiços para que se identifiquem como portadores de direitos, pois isso certamente refletirá na sua auto-estima e na construção de sua identidade pessoal e coletiva.
Outro momento interessante foi o desenvolvimento de uma atividade sobre o sistema digestório, onde aproveitei para enfatizar “Que todas as pessoas possuem os órgãos e sistemas semelhantes”, após manipularem e visualizarem o boneco representativo deste sistema, os alunos momentaneamente se certificaram da minha afirmativa.
Falo momentaneamente, porque esse assunto não finda apenas com essa semana de trabalho e esclarecimentos, pelo contrário, a turminha terá muito que ler, pesquisar, conhecer e explorar para definitivamente assimilarem a afirmativa “ TODOS SÃO IGUAIS”, pois em suas atitudes observo apelidos e xingamentos preconceituosos e discriminatórios, claro que muitas vezes eles nem se dão por conta disso e posso até considerar tais atitudes como uma estratégia de defesa. Mas é essa defesa que pretendo modificar, e essa mudança só ocorrerá na prática, no cotidiano a partir do conhecimento adquirido e vivenciado, pois acredito que os sentimentos de respeito e igualdade só brotará na sociedade se eu formar crianças que conheçam a diversidade.





quinta-feira, 22 de abril de 2010

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Conflito inicial

Considerando-me em estágio desde o primeiro dia letivo, dividirei minhas reflexões iniciais em três etapas: observação, sondagem e diagnóstico.
Observação: 1º de março até 09/04- etapa em que pude agrupar temas relevantes para o desenvolvimento integral da turma.
Sondagem: 12 até 16/ 04- Desenvolvi as atividades previstas no plano de trabalho para este período, e em um dado momento como “atividade extra”, realizei uma pesquisa com o propósito de que os alunos identifiquem-se etnicamente.
Distribui folhas com a seguinte ordem:
Assinale a sua etnia:
a) Branca
b) Indígena
c) Negra
Quando conferi as respostas, conclui que esse tema será desafiador e certamente provocará mudanças nas suas vidinhas hoje e futuramente.
P.s: No ano anterior já havia sido trabalhado o conceito “etnia” com essa turma, apenas fiz uma breve revisão, em função de dois alunos novos; o resultado da pesquisa será divulgado para os seus colaboradores em forma de gráfico posteriormente, e, a etapa diagnóstico será relata nas próximas postagens.
Bem, o tema da minha proposta de estágio é: legados, valores e contribuições dos negros em nossa sociedade, tive que estruturá-la em consonância como o plano de trabalho da série (conteúdos), com a proposta pedagógica da escola (libertadora) e com o regimento (que foi construído dentro de uma concepção de Escola Democrática).
Meu primeiro conflito nessa semana foi ao repensar, em como dar coerência a minha proposta se em alguns momentos de minha prática falo a seguinte frase para meus alunos: “Deixem a profe. explicar primeiro, depois vocês perguntam.”? Em suma, como vou conseguir formar cidadãos críticos, ativos e participantes, se quando eles levantam o dedo para questionar,ou dar um palpite eu os barro?
Daí reportei-me as aprendizagens da interdisciplina “Gestão e organização do ensino fundamental”, e relembrei que essa criticidade almejada começará inicialmente na escola, na sala de aula a partir do momento em que eu lhes ofertar a oportunidade de participar, de avaliar a aula que ministrei, bem como a avaliação que eu fiz sobre eles. Pois assim eles irão se formando como cidadãos e como sujeitos de direitos, porém, cientes de suas responsabilidades, ou seja, que devem esperar sua vez de falar, que não podem fazer críticas onde eles não tenham provas, documentos, argumentos, porque isso é mais que os conteúdos de Português, Matemática,...serão nesses momentos que eles irão expressar tudo o que aprenderam nessas disciplinas e principalmente em que EU irei reconhecê-los como sujeitos, sujeitos de direito, que irão se fortalecer e serão aí, cidadãos efetivamente críticos, conscientes e participativos da sociedade onde moram.
Aprendizagem: devo acreditar e respeitar, assim conseguirei formar.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Início de Estágio

Nesta semana que tive que montar meu projeto de estágio olhei para minha turminha e pensando na sua realidade humilde e ao seus futuros pouco brilhante, que eles mesmos projetam, relembrei algumas interdisciplinas do curso as quais me apontavam enquanto professora como viabilizadora de uma transformação.
Essa transformação em minha concepção, não se dará com uma simples mudança de postura perante meus alunos, nem com ofertas de modismos educacionais, essa transformação ocorrerá a partir do momento em que na minha mente e coração se firmem a certeza que transformar é realmente possível através da educação.
Com o estágio eu terei a oportunidade me apropriar de uma experiência única, que é definir ou redefinir minha prática docente, ou seja, identificar e analisar a pedagogia que rege meu trabalho e ao final concluir o quanto ela é ou foi significativa para meus alunos e para mim. Pois segundo Paulo Freire, na obra Pedagogia da Autonomia "quem forma se forma e re-forma ao formar, e quem é formado forma-se e forma ao ser formado" (p.25).
Será um período desafiante, no qual muitas leituras, reflexões, aplicações, angústias e aflições serão uma constante. Mas não esquecendo de que perseverar é preciso creio que meus objetivos serão alcançados.