segunda-feira, 26 de abril de 2010

Semana de comemorações cívicas e feriado.



Apesar de minha proposta ter como tema central o negro, em hipótese alguma o índio que também é sujeito de contribuição cultural, de preconceito e discriminação poderia ter ficado de fora de nossas reflexões nessa semana.
Os alunos refizeram suas árvores genealógicas e descobriram sua descendência, onde a maioria concluiu que são frutos de miscigenação. Um dado novo que surpreendeu meus “pequenos”, foi a percentagem de indígenas que habitam o Brasil atualmente, apenas 1% da população, foi então que fizeram um mural denominado “a cara do Brasil”, onde representaram as três etnias e o resultado da união delas.
Gostei da fala do Luquinhas após o trabalho concluído “O Brasil é moreno né sora?”
Com essa aula percebi que meu maior desafio será sem dúvidas trabalhar com o máximo empenho, seriedade e profissionalismo a causa da questão da inserção do negro na sociedade brasileira, isto é, mostrar que há caminhos para a transposição da discriminação para a verdadeira cidadania, envolver e valorizar meus alunos negros e mestiços para que se identifiquem como portadores de direitos, pois isso certamente refletirá na sua auto-estima e na construção de sua identidade pessoal e coletiva.
Outro momento interessante foi o desenvolvimento de uma atividade sobre o sistema digestório, onde aproveitei para enfatizar “Que todas as pessoas possuem os órgãos e sistemas semelhantes”, após manipularem e visualizarem o boneco representativo deste sistema, os alunos momentaneamente se certificaram da minha afirmativa.
Falo momentaneamente, porque esse assunto não finda apenas com essa semana de trabalho e esclarecimentos, pelo contrário, a turminha terá muito que ler, pesquisar, conhecer e explorar para definitivamente assimilarem a afirmativa “ TODOS SÃO IGUAIS”, pois em suas atitudes observo apelidos e xingamentos preconceituosos e discriminatórios, claro que muitas vezes eles nem se dão por conta disso e posso até considerar tais atitudes como uma estratégia de defesa. Mas é essa defesa que pretendo modificar, e essa mudança só ocorrerá na prática, no cotidiano a partir do conhecimento adquirido e vivenciado, pois acredito que os sentimentos de respeito e igualdade só brotará na sociedade se eu formar crianças que conheçam a diversidade.





2 comentários:

Patricia Grasel disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Patricia Grasel disse...

Elisandra querida,

Muito boa sua postagem, primeiro vc descreve o que fez com seus alunos, depois reflete sobre os resultados tanto sobre as aprendizagens deles como a sua tmb. Gostei pois através de sua escrita consegue perceber sua argumentação sobre as evidências que apresentastes.
Vc está trabalhando com um assunto muito importante que abrange as aprendizagens dentro e fora da sala de aula. Parabéns!