domingo, 5 de abril de 2009

Modelos Pedagógicos


PEDAGOGIA DIRETIVA
O professor ensina, e o aluno aprende.
O professor age assim porque acredita que o conhecimento pode ser transmitido para o aluno. Ele acredita no mito da transmissão do conhecimento - do conhecimento como forma ou estrutura; não só como conteúdo.
Esta ação do professor é legitimada por uma epistemologia, segundo a qual o sujeito é totalmente determinado pelo mundo, pelo objeto ou pelos meios físico e social.
Para o professor, somente ele pode produzir algum novo conhecimento no aluno, ou seja, o aluno aprende se, e somente se, o professor ensina.
PEDAGOGIA NÃO-DIRETIVA
O professor é um auxiliar do aluno, um facilitador, como diz Carl Rogers. O aluno já traz um saber que ele precisa, apenas, trazer à consciência, organizar, ou, ainda, rechear de conteúdo.
O professor deve interferir o mínimo possível. Trata-se de um professor não-diretivo, que acredita que o aluno aprende por si mesmo, podendo ele, no máximo, auxiliar a aprendizagem do aluno. A epistemologia que fundamenta essa postura pedagógica é a apriorista.
"Apriorismo" vem de a priori, isto é, aquilo que é posto antes (a bagagem hereditária), como condição do que vem depois.
PEDAGOGIA RELACIONAL
O professor acredita que o aluno só aprenderá alguma coisa, isto é, construirá algum conhecimento novo, se ele agir e problematizar a sua ação.
Para tanto, é preciso:
a) que o aluno aja (assimilação) sobre o material que o professor presume que tenha algo de cognitivamente interessante, ou melhor, significativo para o aluno;
b) que o aluno responda para si mesmo as perturbações (acomodação) provocadas pela assimilação do material, ou, que o aluno se aproprie, em um segundo momento não mais do material, mas dos mecanismos íntimos de suas ações sobre esse material; tal processo far-se-á por reflexionamento e reflexão (Piaget), a partir das questões levantadas pelos próprios alunos e das perguntas levantadas pelo professor, e de todos os desdobramentos que daí ocorrerem.
O professor construtivista não acredita no ensino, em seu sentido convencional ou tradicional, pois não acredita que um conhecimento (conteúdo) e uma condição prévia de conhecimento estrutura possam transitar, por força do ensino, da cabeça do professor para a cabeça do aluno.
Mais uma reflexão
Após a leitura do texto proposto, pude rever minhas ações docentes e avaliá-las.A leitura feita revela que a aprendizagem pode acontecer de modo dinâmico ou medíocre/ comodista.Na atividade postada no rooda coloquei os motivos que dificultam abordagem das pedagogias não-diretiva e relacional no meu papel de professora, aqui penso no papel do aluno, uma vez que já não chega na escola somente em busca do conhecimento, ele quer atenção, disputa força, quer limites, ou seja, desconhece o valor do conhecimento e aprendizagem.
Por isso, penso que para o aluno será uma mudança brusca de ação, pois também terá que se desacomodar para efetuar trocas como outro, mas é uma tentativa boa e válida em função do sujeito crítico, pensante, questionador e criador que quero ajudar a formar.

2 comentários:

Fabiane Penteado disse...

Olá Elisandra!

Ver postagem mais acima...
Bjs,
Fabi

Unknown disse...

Elisandra: está muito bom o teu resumo sobre os modelos. O texto nos ajuda a refletir sobre a própria prática docente. Um abraço. Profª Tania Marques